quarta-feira, 12 de março de 2014

Vilas abandonadas na Espanha são vendidas por uma bagatela - e, às vezes, são de graça

AFP - Para adquirir a vila de 12 casas, o candidato deve apresentar um projeto de desenvolvimento que remeta ao século 15 e preserve todos os seus edifícios.
Assim como outras milhares de vilas abandonadas na Espanha, A Barca - com suas 12 casas de pedra em ruínas, cobertas de musgo e hera - espera um novo dono para trazê-la de volta à vida. 

Autoridades locais da Galícia, verde região no noroeste da Espanha, deseja o mesmo para o local, que está situado em uma colina com vista para o rio Minho, perto da fronteira portuguesa. 

O candidato deve apresentar um projeto de desenvolvimento para a vila que remeta ao século 15 e preserve todos os seus edifícios. 

Várias propostas já foram feitas, mas Avelino Luís de Francisco Martinez, o prefeito de Cortegada, município que supervisiona A Barca, disse que prefere um projeto de turismo. “Quero algo que ofereça emprego para os moradores e empresas locais", disse.

Os moradores de A Barca a deixaram na década de 1960, quando uma barragem foi destruída pela água, inundando o local. No entanto, a maioria das 2.900 vilas abandonadas na Espanha (segundo o Instituto Nacional de Estatística de Espanha) estão nesta condição porque seus moradores se mudaram para cidades maiores ou para melhores terras para a agricultura. 

Avelino Martinez, prefeito Cortegada, caminha pelas ruínas de A Barca
Mais da metade dessas vilas ficam na Galícia, uma região predominantemente rural, famosa pelo caminho de peregrinação de Santiago de Compostela. 

Segundo Rafael Canales, gerente de site especializado em casas abandonadas aldeasabandonadas.com., a longa crise econômica da Espanha, que aumentou a taxa de desemprego para 26%, é um dos fatores que levaram os proprietários a deixarem os locais e colocarem as suas propriedades à venda.

“Nossos clientes são, em sua maioria, escritores, pintores e profissionais de turismo rural", conta Canales. 

Mark Adkinson, gerente britânico de um site semelhante chamado galicianrustic.com, disse que só a sua empresa havia identificado 400 aldeias abandonadas na parte oriental da Galícia. 

Quando Adkinson encontra uma vila vazia, ele começa a procurar seus proprietários. A tarefa é difícil, às vezes, impossível. Muitas vezes, os donos de propriedades foram embora há muito tempo. Em outros casos, os títulos de propriedade foram perdidas e são difíceis de ser encontrados. 

“Mas também acontece, por vezes, dos próprios proprietários virem até nós propor colocar o imóvel à venda", completa.

Interesse estrangeiro


As 12 casas da vila foram tomadas por musgoAs vilas abandonadas são especialmente atraentes para estrangeiros como o britânico aposentado Neil Christie. de 60 anos.

Ele comprou três casas de pedra - como as de A Barca - e um celeiro erguidos sobre pilares de pedra típicos no noroeste da Espanha que compõem uma vila em Arrunãda, Asturias, por 45 mil euros (147 mil reais).

Christie passou os últimos quatro anos restaurando a casa principal. E espera se mudar no fim deste ano. 

"Eu queria fugir do estresse de Londres. O local era apenas um monte de ruínas, mas eu nunca conseguiria comprar algo semelhante na Inglaterra", disse ele .

"É uma região muito bonita, as pessoas são muito agradáveis. Há uma verdadeira qualidade de vida", acrescentou.

Britânicos estão entre os estrangeiros que têm demonstrado o maior interesse em comprar vilas desse tipo. Mas noruegueses, americanos , alemães, russos e até mesmo os mexicanos já investiram no país, disse o corretor de imóveis José Armando Rodil Lopez.

"Em geral, uma vez que passa a barreira de 80 mil euros (R$ 260 mil), os potenciais compradores são estrangeiros", explicou durante uma visita à aldeia de Pena Vella, também nas Astúrias.

O povoado, que está à venda por 62 mil euros, é composto de cinco casas de pedra com telhados de ardósia e é cercado por pinheiros e eucaliptos.

Fonte: yahoo
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