segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Igreja evangélica recorre a lutas de MMA para arrebanhar novos fiéis



Parece estranho e para muitos até assusta, como admite bispo da própria Igreja Renascer. Colado na porta de vidro de um templo de igreja evangélica, um cartaz anuncia um campeonato de artes marciais mistas, conhecido pela sigla em inglês MMA e popularizado como uma espécie de vale-tudo.
O palco das 12 lutas, sendo 11 delas entre atletas amadores e apenas uma envolvendo profissionais, deixa de ser um local de culto e oração a partir das 22h desta sexta-feira (27). O templo da Renascer que receberá a competição fica na Vila Matilde, região da Penha, na Zona Leste de São Paulo.

Na noite desta quinta-feira (26), em uma sala nos fundos do templo, ocorreu a pesagem dos 24 lutadores, distribuídos em quatro categorias – até 62 kg, de 62kg até 70 kg, de 70 kg até 84 kg, e de 84 kg até 93 kg.
A justificativa, no entanto, é mais do que imediata e direta: “é preferível que um atleta perca um pouco de sangue no octógono (como é chamado o ringue das lutas de MMA) do que ele perder a vida para as drogas ou para a criminalidade”, ressalta o bispo George Ramos.
O objetivo principal do quarto campeonato de lutas de MMA é justamente o de conseguir novos fiéis para a Igreja Renascer. Ao mesmo tempo, o de utilizar o esporte – qualquer que seja – como ferramenta para tirar os jovens do meio do tráfico. Por último, ajudar os lutadores, profissionais e amadores, a ganharem projeção no cenário desportivo.
A opção pelo MMA como instrumento para arrebanhar novos fiéis se deu pela sua crescente popularidade, principalmente entre os mais jovens, nos últimos anos. “Além disso, é um esporte mais fácil de viabilizar em um templo, por exemplo. Nós (da Renascer) já temos um nicho de realização de eventos, com os quais atraímos os jovens. Nós usamos esta estratégia para viabilizar a palavra de Deus”, afirmou Vagner Miguel, mais conhecido como presbítero Baby.
Com esta finalidade, a Renascer já havia criado há cerca de 15 anos o Ministério de Lutas, que promovia cursos de jiu-jitsu e muay thai, lutas marciais. Em 2008, teve início, não sem sustos, a promoção das lutas de MMA. “Como se trata de um esporte de contato, isso assusta muitas pessoas em outras igrejas. No começo, na nossa também assustou. Mas tudo o que fazemos aqui é com temor a Deus”, afirmou bispo Ramos, em preleção aos 24 lutadores, a maioria deles, curiosamente, de não evangélicos, antes de se iniciar a pesagem.
Fonte: G1

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