terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Vítima de incêndio em SM tem quadro de morte cerebral


Jovem de 21 anos foi transferido em estado gravíssimo a Porto Alegre no domingo


Gustavo Marques Gonçalves foi transferido de helicóptero ainda no domingo
Crédito: Camila Cardoso/Especial CP
Internado desde domingo no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, Gustavo Marques Gonçalves, de 21 anos, teve quadro de morte cerebral registrado no início da noite desta terça-feira. Ele foi resgatado do incêndio na boate Kiss, durante a madrugada de domingo, mas não resistiu à falta de oxigenação no sangue. Ele ainda deverá passar por exames nas próximas horas que deverão confirmar o quadro irreversível.

Conforme boletim da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o paciente que teve 70% do corpo queimado está em protocolo de morte encefálica por falta de oxigenação no cérebro. Diante desse óbito, chega a 235 o número de mortes em consequência da tragédia na região Central.
 De acordo com a SES, o paciente foi transferido a Porto Alegre às 13h49min de domingo já em estado crítico, com queimaduras extensas e profundas.

Seguem internados na região Metropolitana de Porto Alegre 58 pacientes transferidos de Santa Maria, sendo que três evoluíram bem durante esta terça-feira e já não dependem mais de respiração por ventilação mecânica. Em Ijuí, há um paciente internado em UTI, mas sem necessidade de ventilação mecânica, e em Santa Maria, 62, sendo 28 em UTI (20 no Hospital de Caridade, três no Universitário e cinco no São Francisco) e 34 em enfermarias ou em observação.

O incêndio na boate Kiss começou por volta das 2h30min deste domingo. Cerca de 1,5 mil pessoas estariam no local, a maioria participando de uma festa organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Segundo testemunhas, o fogo teria começado quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador. O comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Guido Pedroso de Melo, afirmou que o objeto teria enconstado numa forração de isopor.

As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria teve início. Testemunhas relataram que, a princípio, parecia uma briga e os seguranças fizeram um cordão de bloqueio. Mas, quando viram que era um incêndio, liberaram a passagem.

Conforme relatos, os extintores posicionados na frente do palco não funcionaram e a pessoas tiveram que recorrer a equipamentos que ficavam mais distantes. Em pânico, muitos não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimões, usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate. Os próprios socorristas passaram mal em razão da fuligem. Muita gente que conseguiu escapar voltou para ajudar os outros.

Confira a distribuição dos pacientes internados em UTI por hospital: 
Hospital de Clínicas (POA):
 17 (2 sem ventilação mecânica).
HPS (POA): 6.
Santa Casa (POA): 9.
Cristo Redentor (POA): 5.
Conceição (POA): 8.
Moinhos de Vento (POA): 4.
Mãe de Deus (POA): 6 (1 sem ventilação mecânica).
Hospital Universitário (Canoas): 3.
Hospital de Ijuí: 1 (sem ventilação mecânica).
Hospital de Caridade (Santa Maria): 20.
Hospital Universitário (Santa Maria): 3.
Hospital São Francisco (Santa Maria): 5 (1 sem ventilação mecânica).

Fonte: Wagner Machado/Rádio Guaíba
Apoio: Correio do Povo
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