(Photo: Facebook) Kenneth Bae, cidadão norte-americano, aparece em um foto sem data compartilhada na página do Facebook intitulada "Lembre-se Ken Bae, detido no Cooreia do Norte" |
Terri Chung, falando em lágrimas durante a vigília na Quest Church em Seattle, disse a 100 pessoas que vieram para orar pela liberdade de seu irmão e bem estar no sábado, que Bae havia sido transferido para um hospital nas últimas duas semanas. Ela recebeu a notícia de oficiais suecas, que representam os interesses dos Estados Unidos em relações com a Coreia do Norte.
Eugene Cho, pastor da Quest Church que tem estado aconselhando a família de Bae, compartilhou em seu blog que o missionário cristão foi transferido de seu campo de trabalho devido a doenças de saúde pré-existentes, listadas em relatórios anteriores, como diabetes, problemas cardíacos e um fígado gorduroso. Bae, de 45 anos e nascido em Pae Jun Ho, teria perdido 50 quilos desde que foi condenado em maio.
“Estamos extremamente preocupados com a sua saúde. Acho que está se deteriorando”, disse Chung, de acordo com a estação de notícias de TV local King5.com.
Chung, insistiu, contudo, que ela acredita que Bae vai retornar para casa bem antes dos 15 anos de sentença de prisão terminar.
“Eu acredito firmemente que ele vai voltar para casa. E não em 15 anos. Eu me atenho a fé no meu Deus e no meu governo,” disse Chung.
Ela acrescentou: “Nós estamos esperando que o pouco de barulho que estamos fazendo aqui em Seattle se espalhe. No final, não depende de nós. Nos sentimos completamente sem esperança.”
Bae, casado e com três filhos, nasceu na Coreia do Sul e se mudou para os Estados Unidos em meados dos anos 80. Enquanto sua família nos EUA vive em Lynnwood, Washington, ele e sua esposa tem vivido na China, onde ele operava uma empresa de turismo no momento de sua prisão, em novembro passado. Autoridades norte-coreanas citaram evidências encontradas em sua posse no momento de sua prisão, assim como uma confissão de Bae, para apoiara as acusações de que ele estava usando seus passeios frequentes no país para evangelizar e incentivar orações a Deus para trazer mudança para o regime comunista.
Pastor Cho, que chama Bae “um filho, um pai, um marido, um irmão ... e também um seguidor de Cristo”, sugeriu que o missionário foi acusado em “essência” por ser um Cristão” e acusado “oficialmente” por seu trabalho, mensagens e orações para as paredes da Coreia do Norte virem abaixo para que o Evangelho se espalhe – considerado como uma tentativa de derrubar o governo. A Coreia do Norte, governada por uma ideologia Juche, é decididamente hostil a qualquer religião não sancionada (leia mais sobre a religião na Coreia do Norte).
“Kenneth desenvolveu uma profunda paixão e coração pela Coreia do Norte e como já foi documentado através de várias fontes de notícias, Kenneth era um “fazedor de tendas” – trabalhando como um guia turísticos mas com um coração missionário para compartilhar o amor de Cristo”, escreve Cho. “Ele fez muito disso na China e na Coreia do Norte. Ele fez muito disso com oração e apoio. Ele fez isso com o apoio de uma oração missionária. Mas na última viagem levando um grupo de turistas para a Coreia do Norte em Novembro de 2012 – uma viagem que ele conduziu 15 vezes sem nenhum problema – Kenneth foi preso em 3 de Novembro.”
Em seu blog, o pastor Cho encoraja os apoiadores, especialmente cristãos, a manter o caso de Bae, e os casos de inúmeros outros cristãos sofrendo perseguição pelo mundo, em suas orações e conversas. A petição clamando a Coreia do Norte para conceder a Bae anistia também foi organizada por seu filho, Jonathan Bae.
Bae apareceu em um vídeo entrevista em Julho conduzido em julho pela publicação pro-Pyongyang The Choson Sinbo na qual ele supostamente pediu desculpas por seus crimes e citou seus problemas de saúde.
“As pessoas aqui são muito atenciosas, então eu não estou trabalhando muito duro”, disse ele no vídeo. “Mas a minha saúde não está na melhor condição, então há algumas dificuldades.”
Bae acrescentou que ele estava sendo “paciente e lidando bem”.
“E eu espero que com a ajuda do governo Norte Coreano e os Estados Unidos, eu seja liberado logo”.
Foi relatado anteriormente que o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter estava a considerar uma viagem à Coreia do Norte para ajudar a facilitar a liberação de Bae, um cenário que tem acontecido várias vezes antes em casos dos cidadãos dos EUA detidos pelo regime recluso. Uma viagem planejada por Carter foi incialmente negada pelo ex-presidente, mas a Casa Branca confirmou que Carter estava de fato realizando uma viagem privada para a Coreia do Norte. A viagem, entretanto, era por conta própria e não como um representante de estado.
Grupos de direitos humanos têm sugerido que cerca de 200 mil pessoas estão sendo mantidas em campos de prisioneiros na Coreia do Norte. O Portas Abertas dos EUA estima que entre 60 a 80 mil dos detidos em campos de trabalho duro são cristãos. A agência de vigilância à perseguição tem pelos últimos 11 anos classificado a Coreia do Norte como o persguidor N°1 dos cristãos.
Fonte: Christian Post