Tebartz-van Elst já foi acusado de mentir, ser narcisista e esbanjar muito dinheiro nas suas extravagâncias |
O Vaticano pediu para que a diocese de Limburg aceite a renúncia com “docilidade” e volte a trabalhar para restaurar “o clima de caridade e reconciliação”. Após o escândalo vir a público, o papa Francisco criticou por diversas vezes o comportamento de clérigos católicos cujo estilo de vida era muito “extravagante”. De acordo com a rede BBC, o posto que era de Tebartz-van Elst será ocupado pelo bispo auxiliar Manfred Grothe.
Histórico
Tebartz-van Elst chegou a ser processado por perjúrio ao mentir para a Justiça alemã sobre viagens de primeira classe que tinha feito para a Índia – ele havia dito que tinha ido ao país para visitar habitantes de vilarejos carentes. As acusações foram retiradas depois que o clérigo pagou uma multa de 20.000 euros. Uma investigação para apurar se o bispo lavou dinheiro durante a reforma de sua residência episcopal ainda está em andamento na Alemanha.
Na época em que o escândalo veio à tona, a revista alemã ‘Der Spiegel’ revelou que uma série de pedidos especiais do bispo que aumentaram em muito o custo final das obras. Somente os aposentos pessoais de Tebartz-van Elst teriam custado 2,9 milhões de euros (8,6 milhões de reais), com uma sala de refeições de 63 metros quadrados e uma banheira de 15.000 euros (44.000 reais). A reportagem afirmou que o bispo tentou, durante muito tempo, esconder o custo real dos trabalhos na residência episcopal, que não parava de aumentar.
Fonte: Veja