![]() |
Fifa vai faturar US$ 4 bilhões e
investir US$ 1,8 bilhão no evento
|
Valcke disse que só se terá ideia do custo total depois da Copa. Mas alertou quanto aos custos dos atrasos das obras: “Todo atraso em estádio custará mais caro”.
Já Gilbert Felli disse que a herança de um Jogo Olímpico não se mede apenas pelo custo do evento, mas também pela imagem que o país deixa. O COI, segundo ele, vai investir mais de US$ 900 milhões. Felli, por exemplo, disse que alguns projetos foram adicionados no plano inicial – o que elevou custos. A entidade, segundo ele, não pediu a construção da linha 4 do metrô.
O “inferno” de lidar com políticos brasileiros
![]() |
Secretário-geral da Fifa revelou que
viveu uma verdadeiro ‘inferno’ na
organização do evento no Brasil
|
Valcke sugeriu que, no futuro, a candidatura à Copa não seja simplesmente o projeto de um governo (a candidatura do Brasil foi lançada pelo governo Lula), mas sim “uma representação global do país”. Sem mencionar abertamente, Valcke referia-se às dificuldades de comunicação que a Fifa teve quando Dilma Rousseff assumiu o comando do país.
“Talvez (no futuro) tenha que ser a mais alta autoridade representante do povo que seja associada a uma decisão de uma candidatura e não simplesmente um governo, um chefe de estado e seus ministros que passam com o tempo. Que seja uma representação global do país”.
O secretário-geral explicou aos repórteres que estes últimos anos foram ‘complicados’ tanto para a Fifa quanto para o Brasil.
“Foram três anos em que o trabalho não foi necessariamente cumprido de uma parte ou de outra. Tivemos complicações ligadas à estrutura do país, a um certo número de investimento que talvez tenham começado um pouco tarde, algumas incompreensões sobre a dimensão do evento. Me lembro que me diziam : ‘organizamos o carnaval do Rio todos os anos com 3 milhões de pessoas ‘. Eu dizia : mas o carnaval do Rio são 3 milhões de pessoas no Rio, e a maioria moram no Rio, têm seus apartamentos, não precisam de hotel, nem de se locomover, vão à praia e ficam lá”.
Valcke disse que esta vai ser, como diz Dilma Rousseff, ‘a Copa das Copas’:
“Vai ser, porque o Brasil é este país onde o futebol é uma religião e de onde do meu apartamento eu posso ver pessoas jogando futebol das 7h à meia noite na praia do Leblon. Há algo que é único no Brasil. Se os 64 jogos foram como o jogo Espanha-Taiti, vai ser uma Copa que vai ficar na mente de todo fã de futebol como sendo única”.
O secretário-geral da Fifa reconheceu, no debate, que certas infra-estruturas em volta dos estádios não vão estar terminadas. Mas disse que vai trabalhar até o final para que o Brasil faça “uma bela Copa do Mundo”, com estádios prontos e sem problemas nas ruas.
“Espero que nas ruas tudo se passará bem, que não haverá problema de segurança, que o (torcedor) possa viajar do Rio a Cuiabá sem problemas”, afirmou.
Valcke nega que a Fifa tenha feito muitas exigências ao Brasil e disse que a decisão de 12 estádios partiu do Brasil: a Fifa se contentaria com oito estádios.
Fonte: O Globo e Verdade Gospel