segunda-feira, 21 de julho de 2014

Aos 97 anos, universitária mais velha do país se forma em direito em Minas Gerais

Dona Chames receberá o diploma no próximo dia 7 de agosto
A idade não foi um empecilho para que Chames Salles Rolim, uma jovem senhora de 97 anos, se gradue em direito no próximo dia 7 de agosto, em Minas Gerais. Carinhosamente chamada como Dona Chames, ela receberá o diploma pela Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa), no Centro de Desenvolvimento de Pessoal da Usiminas (CDP). A família, amigos, e até mesmo desconhecidos, tem comemorado a colação de grau da universitária. Logo após a graduação, Dona Chames pretende auxiliar a sociedade com seus conhecimentos jurídicos. "Sei que a minha idade não me dá muito prazo. Por isso, o que eu quero é ser útil a quem me procurar, compartilhar o conhecimento. E se eu não souber responder algo, orientar a pessoa a buscar quem saiba", afirma. A formanda é filha de libaneses e irmã do ex-prefeito de Ipatinga Jamill Selim de Salles. Para ela, a educação é uma ferramenta de transformação social, e que os estudos podem ajudar o ser humano a “aprender a distinguir entre o bem e o mal”, e que precisa de uma fonte esclarecedora. “Se eu puder ajudar nisso, ficarei muito feliz”, ressaltou. Dona Chames trabalhou a maior parte da vida na farmácia do marido José Maria Rolim, com quem foi casada por 63 anos e teve dez filhos. Atualmente, mora em Ipatinga com um filho. Ela sempre sonhou em fazer um curso universitário, mas que enquanto o marido estava vivo, era inviável devido ao ciúme. Com a morte dele, ela decidiu voltar a estudar. “No Direito, há sempre muito a aprender. Esses cinco anos foram maravilhosos”, diz. Aos 97 anos, ela ainda conserva hábitos saudáveis, como fazer hidroginástica todas as manhãs, escreve poesias, e prefere estudar nas madrugadas, por causa do silêncio. Ela diz que quem não estuda mais e diz que é por causa da idade, não o faz por preguiça. Para concluir a graduação, na última quarta-feira (16), ela esteve no fórum de Ipatinga para acompanhar audiências e produzir relatórios. Ela observou as audiências da 1ª Vara de Família, e ficou feliz ao ver casais chegando a um acordo durante uma sessão de divórcio e alimentos. Na área criminal, ela diz que pode entender mais a essência humana. “Nessas audiências, passamos a conhecer melhor o ser humano. Vemos além das aparências”, avaliou.


Fonte: BN

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