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O problema é que abrir a boca e ceder às tentações com frequência pode ser um indício de compulsão. Isso porque, assim como o fumo e a bebida alcoólica, alimentos ricos em açúcar, gordura ou cafeína ativam partes do cérebro que desencadeiam vícios.
Possíveis causas
Karen pensou que a batalha seria fácil de ser vencida, mas estava enganada. "Comecei a me desafiar. Pensava: 'Karen, você vai pegar essa barra de chocolate e vai comer só dois quadradinhos'. Mas era muito difícil. Eu até conseguia, mas passava cada hora do dia pensando naquela barra no armário. Na maioria das vezes, terminava o dia com tudo comido", lembra.
Segundo Marcella, os fatores que desencadeiam o desejo continuado podem ser tanto de origem emocional, como a ansiedade e a depressão, como resultado de alterações metabólicas, hormonais e de neurotransmissores. No caso de Karen, a ansiedade era sua maior inimiga. "Minha mãe fala que eu sofro de ‘véspera’", diz.
Reeducação alimentar
Karen procurou um especialista para entender seu problema e ouviu no consultório, pela primeira vez, que poderia estar doente. "Confesso que fiquei preocupada ouvindo a médica me recomendar terapia por causa da ansiedade, mas eu relutei e decidi que ia controlar isso sozinha".
Ela investiu na reeducação alimentar, substituindo doces e refrigerantes por frutas e sucos de frutas naturais. "A especialista também me aconselhou a fazer esportes, mesmo que fosse uma caminhada pelo bairro todos os dias. Entrei na academia e posso dizer que os exercícios me ajudaram bastante a reduzir a ansiedade", conta.
Se você se identifica com a história de Karen, não precisa se desesperar. Para dar adeus à ansiedade e controlar a compulsão não é preciso dizer adeus às guloseimas. A questão passa por saber quando e o que comer. "Se consumido moderadamente, o açúcar até colabora para o fornecimento de mais energia ao corpo e estimula o metabolismo a produzir serotonina sem prejuízos para a saúde", afirma a nutróloga.






