Que os últimos exemplares de onça-pintada e
urso-panda estão sumindo aos poucos do mapa, todo mundo já
sabe. Mas com tanta espécie no reino animal, já era de se
esperar que houvesse dúzias de bichos ameaçados de extinção
dos quais você ainda não tinha ouvido falar. Graças à SUPER,
você conhece hoje alguns desses animais antes que eles sumam
de vez.
12. Dugongo
Parente do peixe-boi e da vaca-marinha, este
mamífero herbívoro se alimenta de algas marinhas que crescem
no fundo do mar. Possui uma “tromba”, que na verdade é uma
boca muito flexível que permite que o dugongo nade olhando
para frente enquanto come a sua graminha. Esses animais se
espalhavam pelos oceanos Pacífico e Índico, sempre perto da
costa, mas agora sua presença se restringe a locais perto da
Austrália - a Grande Barreira de Corais e o Estreito de
Torres. Esta espécie está ameçada por causa de sua carne e
seu óleo. Seu parente mais próximo era o Dugongo de Steller,
que foi extinto no século XVIII.
11. Axolote
Atenção, este animal não é um pokémon!
É um tipo de salamandra aquática bonitinha e sorridente.
Além de ser megafofo, o axolote tem uma capacidade de
regeneração digna de um X-men: quando ele se machuca ou
perde alguma parte do seu corpo que não seja vital (uma
patinha, por exemplo), ele para de sangrar em poucos
segundos e a parte perdida volta a crescer super rápido. Seu
único habitat são os lagos próximos à Cidade do México e
eles estão sendo dizimados ainda bebês (ok, girinos) por
espécies introduzidas nos lagos, como a carpa asiática e a
tilápia africana. A poluição dos lagos, assim como sua
drenagem, também têm ameaçado seriamente a espécie.
10. Bicho-preguiça
Este animal você com certeza já conhece. A
preguiça é da mesma família dos tamanduás e dos tatus, mas
ao contrário de seus irmãos, ela curte mesmo o topo de uma
árvore. É por lá que ela faz de tudo: se alimenta, reproduz,
cuida dos filhotes e dorme 14 horas por dia! Natural da
América, é encontrada em florestas tropicais da América
Central até o norte da Argentina. Ainda que sejam animais
MUITO lentos no geral, as preguiças são exímias nadadoras.
Atualmente, seu maior predador é o homem, que os caça e
vende como animais de estimação - o bicho preguiça tem
metabolismo lento e não consegue combater doenças comuns do
meio urbano, por isso, descarte-a como animal de estimação!
A destruição das florestas também ameaça a sua existência.
9. Sapo Roxo
Esse sapo é um dos mais raros do mundo! Sua
espécie só foi descoberta em 2003 no sul da Índia. Muito
reclusos, eles só passam 2 semanas por ano ao ar livre,
durante as monções, para procriarem. Os sapos roxos passam o
resto do tempo comendo cupins, enterrados em buracos a mais
de 3 metros abaixo da superfície. Este sapo também é
considerado um fóssil vivo, pois sua origem remonta à época
em que as ilhas Seichelles, Madagascar e Índia ainda eram
uma grande massa de terra - há 100 milhões de anos!
8. Salamandra gigante da China
A maior espécie de salamandra do mundo é
essencialmente aquática e tem o metabolismo MUITO lento,
podendo ficar semanas sem se alimentar. Caçada para servir
como animal de estimação (!) e por causa de sua carne, esta
salamandra também corre perigo de extinção por causa do uso
de pesticidas, da construção de barragens e da destruição de
florestas na China.
7. Caranguejo-do-coqueiro
Também conhecido como “ladrão-de-coco”, esse
caranguejo ENORME se alimenta de cocos e vive pelos
coqueiros em ilhas tropicais do Oceano Pacífico e Índico.
Ele não é exatamente um animal ameaçado de extinção. Mas
como as ilhas vulcânicas onde ele vive estão sendo
constantemente devastadas (e podem vir a sumir do mapa caso
as calotas polares derretam de verdade), incluimos os
caranguejos-do-coqueiro nesta lista.
6. Sapo de vidro
Não é uma ilusão de ótica. A pele abdominal
desse sapo é mesmo transparente. Ele vive em florestas
tropicais na América Central e também na Amazônia e no
Pantanal. Os sapos de vidro vivem em árvores, por isso a
devastação das florestas significa também o fim dessa
espécie tão legal.
5. Ornitorrinco
Uma das únicas duas espécies remanescentes de
mamíferos que botam ovos no mundo, o ornitorrinco é
bizarrinho por ter bico de pato e cauda de castor. A fêmea
não possui mamas - os filhotes lambem o leite direto de seus
poros no abdômen. Os machos possuem esporões venenosos nas
quatro patas. Natural da Austrália, o ornitorrinco é
encontrado próximo à costa leste do continente. Está
ameaçado de extinção por causa da destruição de seu habitat
natural. Ainda que seja uma espécie protegida, são comuns
casos de afogamento de ornitorrincos em redes de pesca nos
rios.
4. Équidna
A outra espécie de mamífero que bota ovos é a
équidna. Olhando de longe, ela bem parece um ouriço terreste,
mas quem jogava os joguinhos do personagem Knuckles, da
série Sonic, conhece bem este bicho. Assim como o tamanduá,
as equidnas possuem um focinho longo, uma lingua pegajosa e
se alimentam de formigas e cupins. Os machos da espécie têm
um pênis de quatro cabeças (!) e a fêmea tem duas
“entradas”. Durante a cópula, duas das cabeças “fecham” e as
outras duas “fazem o trabalho” e liberam sêmen. A espécie é
encontrada na Nova Guiné e na Austrália.
3. Tamboril
Este peixe monstruoso e geralmente
bioluminescente vive no fundo dos oceanos. A fêmea é que é a
dona da parada. Ela é 20 vezes maior que o macho e caça
utilizando um ou mais filamentos que saem de sua cabeça e
que brilham, atraindo peixes incautos que são engolidos
inteiros. Já o macho fica “grudado” à fêmea, que vai se
alimentando lentamente dele até que ela consegue seu esperma
e o mata de vez. Os machos nascem com um sentido de olfato
muito apurado e só vivem para encontrar a fêmea e grudar
nela.
2. Proteus
Este anfíbio vive em cavernas no Leste
Europeu. Ele é cego, tem uma pele similar à humana, vive até
100 anos de idade e pode ficar até 10 anos sem se alimentar!
A destruição das cavernas e o seu uso como “depósitos de
lixo” ameaçam essa espécie. Na Croácia, muitas cavernas em
bom estado de conservação estão para ser inundadas e darão
espaço a usinas hidroelétricas, destruindo os proteus e
outras espécies do meio.
1. Lagartas lésbicas
A espécie Cnemidophorus
uniparens só
possui exemplares fêmeas. Essas lagartas “forçadamente
lésbicas” se reproduzem por partenogênese, ou seja, pela
produção de ovos sem fecundação, só com os genes da mãe.
Ainda sim, essas lagartas se reproduzem melhor quando
possuem parceiras. Uma delas sobre na outra, morde seu
pescoço, arranha, se enrosca na outra (oi, sexo) e faz com
que a fêmea “passiva” gere mais ovos do que se fizesse o
processo sozinha. Mistérios do mundo animal. Elas vivem no
deserto dos EUA e são ameaçadas pela degradação do ambiente,
poluição e expansão das cidades.
Fonte: mpsnet