quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Amarga travessura

Festa do Halloween carrega um culto perigoso aos mortos e ao mal e ganha força no Brasil em razão do apelo comercial


Da Redação / Fotos: Thinkstock 

Nesta quinta-feira, 31 de outubro, é bem provável que você ouça, em algum momento do dia ou até na porta de casa, a seguinte pergunta: “Doces ou travessuras?” A ameaça vinda de crianças fantasiadas que teoricamente estão brincando, disfarça o significado do Halloween, uma festa pagã adaptada a várias culturas e que vem crescendo perigosamente no Brasil.
A suposta festa nada tem a ver com a cultura brasileira, mas ganha força por aqui, onde também carrega o nome de Dia das Bruxas, graças ao apelo comercial ou ao hábito de imitar estrangeiros. Pior do que a suposta celebração é o que vem por trás da data, que representa o culto a mortos e seres sobrenaturais.

O surgimento do Halloween tem várias versões e começou a se relacionar com bruxas ou fantasmas há mais de 2,5 mil anos, quando o povo celta, que deu origem a várias nações europeias, passou a realizar anualmente um festejo para marcar o fim do verão e início do outono no hemisfério norte.
Celebração aos mortos
O período marcava o fim do período de plantações e colheitas, o que significava o início de dificuldades, em razão do frio. Já não fazia sentido comemorar nada na data, mas membros de classes dominantes dos celtas associaram as dificuldades a mortes e passaram também a usar a festa para cultuar os antepassados, em uma celebração aos mortos, que eles acreditavam voltar nesta noite para visitar seus familiares. Diante da inventada “visita”, o povo começou a preparar artefatos para espantar os mortos ou então recebê-los bem.
Já na Idade Média, a Igreja Católica tentou se apropriar da festa ao transferir o chamado Dia de Todos os Santos para 1º de novembro, com a intenção de no dia anterior chamar a população para uma vigília de preparação para a festa, estabelecendo 31 de outubro como o dia do Halloween. Essa vigília também foi chamada de Caças às Bruxas, pois nesta noite a Igreja Católica perseguia até a morte quem festejasse a data, que passou a ser feita às escondidas e não parou de crescer e ser reinventada nas várias culturas pelas quais foi apresentada.
Doces ou travessuras?


Nos tempos atuais, o Halloween tem ares de brincadeira e ficou extremamente comercial, gerando muito lucro a empresários do setor de fantasias. Mas, por trás dessa festa há um perigoso significado, por ser uma celebração para enaltecer bruxas, zumbis, caveiras e monstros por meio de bailes e festas à fantasia e até rituais para as pessoas entrarem em contato com mortos.
Para piorar, essa celebração tenta impor uma tradição nas crianças, que saem pelas ruas pedindo doces de porta em porta e ameaçando as pessoas, e em troca podem até receber doces e guloseimas consagrados a espíritos malignos como se isso fosse brincadeira. Além do risco em relação a esses doces, as crianças ainda aprendem a quebrar vidraças e fazer arruaça, caso não recebam esses doces. Uma aula de vandalismo logo no início da vida.

Fonte: arcauniversal
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